sábado, 22 de março de 2014

Poesia Trem de Ferro: Apresentação 5º ano, Escola Estadual "Gustavo Ernesto Alves"

Todos os anos em comemoração ao Dia da Poesia, a Supervisora Marta Helena, nos orienta a trabalhar poesias com as crianças. Lembrando que isso não acontece somente no dia especifico. Porém para este dia são apresentadas para toda a escola as poesias trabalhadas em sala de aula.Este ano apresentei e trabalhei em sala a Poesia Trem de Ferro de Manoel Bandeira. Uma poesia rica em palavras e melodias. Dentro de sala trabalhei leitura, linguagem coloquial, significados, antônimos e sinônimos, substantivos, dígrafos, versos e estrofes etc. Também explanei um pouco sobre a biografia do autor.Parti então para o roteiro da apresentação. As crianças adoraram e deram sugestões em todos os momentos, tanto que do primeiro ensaio até o dia da apresentação a coreografia sofreu várias alterações.Decidimos então o figurino: 

Meninos com calça jeans, blusa xadrez de botão e chapéu de palha.

Meninas: Vestido e lenço na cabeça.

Poesia é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.Por isto, diz-se que a posia pertence ao gênero lírico.No dia 14 de março é comemorado o Dia Nacional da Poesia, pois foi nestea data que nasceu o grande poeta brasileiro, Castro Alves. Ele morreu de tuberculose na capital baiana Salvador em 06 de julho de 1871, com apenas 24 anos. Castro Alves escreveu obras clássicas como "Navio negreiro" e "Espumas flutuantes".

Trem de Ferro - Manuel Bandeira





Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virgem Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Café com pão
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pato
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficia
Ôo...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Ôo...
Vou mimbora voou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Ôo...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
 
A poesia pode ser tratada como uma cantiga de roda, em que o autor nos chama para o mundo do lúdico da criança.  Uma marca da musicalidade que não podemos deixar de observar no poema é a linguagem que por ser coloquial e interiorana deixa a poesia mais rica.
Exemplo:
“prendero”/ prenderam, “canaviá” / canavial, “oficiá”/ oficial, “matá”/matar, “mimbora”/ embora.
 Podemos observar que a musicalidade nos dá a ideia da imitação do movimento de um trem, o ritmo do trem pode ser marcado com as sílabas poéticas do verso.  A repetição dos versos “café com pão” produz uma sequência de sons  explosivos que se assemelha ao barulho do deslocamento de uma locomotiva sobre trilhos. 
Não podemos deixar de falar da década de 1930, época que foi feito o poema, nessa década o trem era o principal meio de transporte sendo importante para o desenvolvimento econômico e social da época. A crise de 1929 fez com que o café entrasse em crise dando lugar novamente para a cana-de-açúcar que é citada no poema. 



“Quando me prendero

No canaviá

Cada pé de cana

Era um oficia”

APRESENTAÇÃO DO POEMA: TREM DE FERRO
TURMA DO 5º ANO - PROFESSOR JOÃO BOSCO


Diretora Fatinha lendo a poesia TROC,TROC,TROC de Cecília Meireles


Minha turma apreciando as outras apresentações.Eles ficaram lindos e mostraram muita responsabilidade.
Secretárias do Centro Cívico, Gabriela e Lívia como mestres de Cerimônias. Lívia lendo sobre a primeira apresentação.

Agora foi a vez da Gabriela.

Preparando para se apresentar.
Foi um sucesso!Ôo...

Como professor, só orgulho!!
Essa galera vai longe!


Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficia
















Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Em cada estrofe acima um grupo se levantava: meninas na primeira e meninos na segunda.
A cada dia me encontro no que faço.
JBosco

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