terça-feira, 31 de março de 2015

Educação para relações Étnico -Raciais / ERER


O Trabalho em Sala de Aula
Para promover a releitura da história do mundo africano, da sua cultura e dos seus reflexos sobre a vida dos afro-brasileiros em geral, rompendo com o modelo vigente na sociedade brasileira e garantindo a cidadania e a igualdade racial, a lei em si não basta. É preciso que modifiquemos o ensino-aprendizagem para que tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessa cultura, procurando fazer acontecerem mudanças necessárias. Aprendemos a história dos outros ou parte dela. Assim, a cultura universal inclui feitos afros de grande importância, principalmente em nosso país. Entretanto, estes são desconhecidos ou desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade democrática e justa deveria incluir todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação.
Muitos profissionais da área de educação estão encontrando dificuldades na implantação dos conteúdos de História e cultura africanas  e Afro-Brasileiras em sua sala de aula. Como a maioria dos professores, não  obtivemos conhecimentos históricos necessários  para dar embasamento teórico a estas atividades em sala de aula.
No entanto a meu ver, ai está  maior dificuldade para desenvolver esta temática dentro das escolas, a falta de conhecimento, interesse e a  rejeição e até uma velada discriminação por parte de alguns profissionais da área educacional ,tornando assim, o ensino da cultura africana em sala de aula, algo difícil de acontecer.
 Quanto às condições para a realização de práticas pedagógicas que combatam ao racismo nas escolas públicas e privadas, observou-se que já existe uma variedade de materiais didáticos à disposição. É possível concluir que a Lei 10 639, enquanto política de combate ao racismo na escola tem gerado avanços nas práticas pedagógicas para uma formação de uma sociedade brasileira mais justa.
O professor traz consigo, além de um compromisso imposto, uma enorme insegurança que automaticamente geram conflitos internos deixando passar despercebido tudo o que esteve  inserido dentro da formação da sociedade afro- Brasileira.
Segundo dados do MEC, o Brasil está em segundo lugar no que diz respeito a grandes populações afrodescendentes (47%), perdendo apenas para a Nigéria. Então podemos dizer  que não temos somente só um dos  pés na África, mas que temos  corpo, mente, e essência africana.
Foi á partir daí que surgiu a  minha necessidade de  conhecer essa sociedade a fundo para não só tentar acrescentar minha visão a este respeito como também tentar mudar a  dos meus alunos e das pessoas que estão ao meu redor. 
 È necessário, primeiramente  que todo   professor  conheça um pouco de como se deu  a trajetória  de luta dos negros até a conquista da implementação da lei 10.639/03. Quando se fala  na Lei 10.639/03  destacamos que não se trata mais de uma opção de se colocar ou não na grade curricular das escolas, do querer ou não querer, mas da obrigatoriedade da Lei , que  deverá envolver diferentes instâncias como:
_Escolas;
_Famílias;
_Sociedade.
Depois deste breve comentário colocarei abaixo alguns exemplos para mostrar de  maneira fácil, divertida para que as  crianças conheçam um pouco mais da semente que gerou a nação brasileira, isto é, onde está essencialmente o DNA do povo brasileiro e conhecendo melhor a nossa  própria história e identidade, nos identificarmos  como parte integrante de um povo, de uma raça, de uma cultura .
A valorização do povo negro e afrodescendente começa quando passamos a não classificar pessoas  pela cor de sua pele, posses ,nomes, mas sim  pelo seu caráter .
Brincadeiras Africanas: Matacozona
                                       Escravos de Jó
        Sugestão de livros infantis
            Lila e o segredo da chuva ( tem na biblioteca da escola);
O menino que comia lagartos(Tem na biblioteca da escola);
Lendas da Àfrica moderna(Tem na biblioteca da escola);
Menina bonita do laço de fita( Ana Maria Machado);
Bruna e a galinha da Angola( Gercilga de almeida);
A semente que veio da àfrica(Heloísa pires);
A menina e o Tambor(Sonia Junqueira);
O amigo do rei( Ruth Rocha);
O Menino Nito( Sonia Rosa);
Chuva de manga(James Rumford);
O menino Marrom( Ziraldo);
As tranças de Bintou(Sylvanie Diouf);
A menina que bordava bilhetes(Lenice Gomes).
Tenho também duas sugestões de projetos com livros literários para o trabalho sobre racismo, discriminação e aceitação:
- “A bonequinha preta” de Alaíde Lisboa – Foi desenvolvido pelos alunos de minha escola do 1º ao 3º sob orientação da Secretaria de Educação de MG.
- “Menina bonita de laço de fita” de Ana Maria Machado – Desenvolvi na minha turma do 4º ano
Diante disto afirmo que para o professor trabalhar esses aspectos em sala de aula é necessário primeiramente mudar sua visão e ter conhecimento claro e limpo para tratar deste tema de forma que não vá colocar seus alunos em evidência negativa perante os outros. Seria importante também trabalhar esses assuntos não de forma obrigatória prevista em lei, mais de forma espontânea para que haja mais interação e os temas se tornem leves e prazerosos. Afirmo também que o estudo desta disciplina só veio acrescentar para uma visão que já estava em mim  alicerçada com minha educação familiar e convivência com os negros na sociedade que estou inserido.

João Bosco de Almeida

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