O
Trabalho em Sala de Aula
Para promover a releitura da história do
mundo africano, da sua cultura e dos seus reflexos sobre a vida dos
afro-brasileiros em geral, rompendo com o modelo vigente na sociedade
brasileira e garantindo a cidadania e a igualdade racial, a lei em si não
basta. É preciso que modifiquemos o ensino-aprendizagem para que tenhamos um
resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessa cultura, procurando fazer
acontecerem mudanças necessárias. Aprendemos
a história dos outros ou parte dela. Assim, a cultura universal inclui feitos
afros de grande importância, principalmente em nosso país. Entretanto, estes
são desconhecidos ou desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade
democrática e justa deveria incluir todos os setores da população, não
admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação.
Muitos
profissionais da área de educação estão encontrando dificuldades na implantação
dos conteúdos de História e cultura africanas e Afro-Brasileiras em sua
sala de aula. Como a maioria dos professores, não obtivemos conhecimentos
históricos necessários para dar embasamento teórico a estas atividades em
sala de aula.
No
entanto a meu ver, ai está maior dificuldade para desenvolver esta
temática dentro das escolas, a falta de conhecimento, interesse e a
rejeição e até uma velada discriminação por parte de alguns profissionais
da área educacional ,tornando assim, o ensino da cultura africana em sala de
aula, algo difícil de acontecer.
Quanto
às condições para a realização de práticas pedagógicas que combatam ao racismo
nas escolas públicas e privadas, observou-se que já existe uma variedade de
materiais didáticos à disposição. É possível concluir que a Lei 10 639,
enquanto política de combate ao racismo na escola tem gerado avanços nas
práticas pedagógicas para uma formação de uma sociedade brasileira mais justa.
O
professor traz consigo, além de um compromisso imposto, uma enorme insegurança
que automaticamente geram conflitos internos deixando passar despercebido tudo
o que esteve inserido dentro da formação da sociedade afro- Brasileira.
Segundo
dados do MEC, o Brasil está em segundo lugar no que diz respeito a grandes
populações afrodescendentes (47%), perdendo apenas para a Nigéria. Então
podemos dizer que não temos somente só um dos pés na África, mas
que temos corpo, mente, e essência africana.
Foi
á partir daí que surgiu a minha necessidade de conhecer essa
sociedade a fundo para não só tentar acrescentar minha visão a este respeito
como também tentar mudar a dos meus alunos
e das pessoas que estão ao meu redor.
È necessário, primeiramente que
todo professor conheça um pouco de como se deu a
trajetória de luta dos negros até a conquista da implementação da lei
10.639/03. Quando se fala na Lei 10.639/03 destacamos que não se
trata mais de uma opção de se colocar ou não na grade curricular das escolas,
do querer ou não querer, mas da obrigatoriedade da Lei , que deverá
envolver diferentes instâncias como:
_Escolas;
_Famílias;
_Sociedade.
Depois
deste breve comentário colocarei abaixo alguns exemplos para mostrar de maneira fácil, divertida para que as crianças conheçam um pouco mais da semente que
gerou a nação brasileira, isto é, onde está essencialmente o DNA do povo
brasileiro e conhecendo melhor a nossa própria história e identidade, nos
identificarmos como parte integrante de um povo, de uma raça, de uma
cultura .
A
valorização do povo negro e afrodescendente começa quando passamos a não
classificar pessoas pela cor de sua pele, posses ,nomes, mas sim
pelo seu caráter .
Brincadeiras
Africanas: Matacozona
Escravos
de Jó
Sugestão de livros infantis
Lila e o segredo da chuva ( tem na
biblioteca da escola);
O
menino que comia lagartos(Tem na biblioteca da escola);
Lendas
da Àfrica moderna(Tem na biblioteca da escola);
Menina
bonita do laço de fita( Ana Maria Machado);
Bruna
e a galinha da Angola( Gercilga de almeida);
A
semente que veio da àfrica(Heloísa pires);
A
menina e o Tambor(Sonia Junqueira);
O
amigo do rei( Ruth Rocha);
O
Menino Nito( Sonia Rosa);
Chuva
de manga(James Rumford);
O
menino Marrom( Ziraldo);
As
tranças de Bintou(Sylvanie Diouf);
A
menina que bordava bilhetes(Lenice Gomes).
Tenho
também duas sugestões de projetos com livros literários para o trabalho sobre
racismo, discriminação e aceitação:
-
“A bonequinha preta” de Alaíde Lisboa – Foi desenvolvido pelos alunos de minha
escola do 1º ao 3º sob orientação da Secretaria de Educação de MG.
-
“Menina bonita de laço de fita” de Ana Maria Machado – Desenvolvi na minha
turma do 4º ano
Diante disto afirmo que para o professor trabalhar esses
aspectos em sala de aula é necessário primeiramente mudar sua visão e ter
conhecimento claro e limpo para tratar deste tema de forma que não vá colocar
seus alunos em evidência negativa perante os outros. Seria importante também
trabalhar esses assuntos não de forma obrigatória prevista em lei, mais de
forma espontânea para que haja mais interação e os temas se tornem leves e
prazerosos. Afirmo também que o estudo desta disciplina só veio acrescentar
para uma visão que já estava em mim alicerçada com minha educação familiar e
convivência com os negros na sociedade que estou inserido.
João Bosco de Almeida
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