Professor: João Bosco de Almeida
Clientela: 4º ano
Componentes Curriculares:
Ø Língua Portuguesa
Ø História
Eixos:
Ø Leitura
Ø Oralidade
Ø Produção textual
Ø Ocupação do território brasileiro
Capacidades:
Ø Valorizar diferenças entre os grupos
humanos, rejeitando qualquer tipo de discriminação;
Ø Identificar os movimentos de
resistência dos africanos e afrodescendentes;
Ø Compreender as condições gerais do
trabalho escravo no Brasil;
Ø Desenvolver atitudes e disposições
favoráveis a leitura;
Ø Identificar diferentes tipos de
textos;
Ø Compreender os textos lidos...;
Ø Produzir textos escritos de gêneros
diversos;
Atividades:
Ø Conversa informal sobre semelhanças e
diferenças.
Com quem você se parece?
Todas as pessoas são iguais?
Ø Apresentação do livro “Menina bonita do
laço de fita” – manuscrito e através de retroprojetor.
Ø Exploração da capa – Ilustração
Quem será essa menina?
Como vocês acham que ela é, quais são seus sentimentos?
Quais suas características?
Ø Leitura pelo professor – ( antes de
qualquer leitura é necessário primeiro que o professor faça a leitura);
Ø Leitura pelos alunos;
Ø Leitura dialogada pelos alunos;
Ø Apresentação do livro através de
texto;
Ø Interpretação oral:
Qual é a cor da pele da menina?
Parecia com que?
E o seu cabelo?
O que sua mãe fazia nele?
Seus olhos se pareciam com o que?
Como era o coelho?
O que ele descobriu?
Qual a conclusão que o coelho chegou sobre a cor da menina?
Por que os filhotes do coelho nasceram um de cada cor?
Ø Deixar claro às crianças que cada um
de nós tem suas características oriundas de sua família. Sendo assim somos
únicos, diferentes e isso nos tornam especiais.
Ø Recolher as fotos dos familiares (
que já foi solicitada na tarefas do dia anterior) e montar um mural com a
frase: “Diferenças:
não basta reconhece-las é preciso valoriza-las”
Ø Em circulo abrir um debate com o cartaz ao meio sobre as características
familiares – do aluno e sua família;
Ø Produção escrita: Distribuir as
crianças ilustrações desordenadas do texto para que coloquem em ordem e cole-as
em uma folha A4, em seguida terão que formar frases relacionadas á cada imagem.
Ø Atividades escritas ( em anexo)
Ø Confecção de cartaz em grupos com
frases contraria a DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
Ø Confecção de mural com a História
trabalhada para exposição no corredor da escola e apresentação nas outras
salas, leitura.
Avaliação:
Será feita
durante todo processo ensino – aprendizagem através da participação e interesse
dos alunos, bem como através das atividades orais e escritas.
Este plano pode ser aplicado de
acordo com a criatividade do professor e alterado de acordo com o interesse dos
alunos.
Seu tempo de duração irá variar de
acordo com os acontecimentos propostos.
Bibliografia:
- Matriz Curricular do 4º ano
- Menina bonita do laço de fita, Ana Maria Machado
ANEXOS
Menina Bonita do Laço de Fita
|
Era
uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
Ana Maria Machado
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
Ana Maria Machado
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